Matéria recentemente publicada na The Economist diz que empresas de todos os tamanhos precisam entender não apenas os benefícios da nuvem, mas também seus custos. Estimativa da consultoria Gartner revela que os gastos com serviços de nuvem pública chegarão a quase 10% de todos os gastos corporativos com TI em 2021. Em 2017, por exemplo, essa taxa era de 4%. Mas muitas startups gastam 80% de suas receitas em serviços de nuvem, estimam Sarah Wang e Martin Casado, da Andreessen Horowitz, uma empresa de capital de risco. Como se vê, a nuvem está se tornando um insumo essencial.

Para as empresas de nuvem, isso tem sido uma bênção. Gigantes da indústria, como Amazon Web Services (AWS), Microsoft Azure, Google Cloud Platform (GCP) e, na China, Alibaba e Tencent, têm aumentado negócios rapidamente. Ainda segundo a Gartner, as vendas globais de serviços em nuvem devem aumentar 26% em 2021, superando US$ 400 bilhões. A competição está aumentando. Em 9 de dezembro, a Oracle, grande fabricante de software, relatou receita maior do que o esperado, principalmente graças ao rápido crescimento de sua unidade de nuvem. Seu valor de mercado subiu quase 15%, ou mais de US$ 40 bilhões. E um vasto conjunto de empresas está surgindo para ajudar as empresas a gerenciar suas cargas de computação.

“O mercado está se voltando cada vez mais para ambientes híbridos, com requisitos de infraestrutura a serem implantados em vários modelos. Esse movimento deve promover maior sinergia entre os grandes provedores de soluções em nuvem (Microsoft, Google, Amazon) – que já percebem a importância de criar ‘pontes’ entre suas plataformas para atender a essa demanda de mercado. Apesar de alguma resistência, isso beneficiará empresas que precisam compartilhar dados e acesso com parceiros em sua cadeia de suprimentos, podendo trabalhar em diversos aplicativos e padrões de dados”, diz Adriano Filadoro, CEO da Online Data Cloud.

Segundo o executivo, investir em ambientes multicloud eleva o nível de segurança. Ao contrário do que muito gestor pode pensar, se apoiar em múltiplas plataformas de nuvem não torna o negócio mais vulnerável. Pesquisas mostram que a maior parte das violações ocorridas nos últimos anos ocorre em bancos de dados internos, não baseados na nuvem. Isto porque o papel do gestor de nuvens é justamente identificar necessidades e vulnerabilidades de seus clientes, investindo em provedores especializados em funções específicas.

“Nesse sentido, é fundamental saber lidar com a integração entre os vários componentes de tecnologia dos fornecedores – o que uma empresa especializada sabe fazer com maestria. O que importa é ter um negócio ágil, estável e seguro – independentemente do tamanho da empresa ou do setor de atuação”, avalia Filadoro.

 

 

 

 

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